terça-feira, 6 de agosto de 2013

LIVRO ON LINE....


- Joana, não sei o que esta acontecendo! Vendo a bagunça que ainda estava ali na sua frente, perguntou: Roubaram algo? A polícia esta ai porque acho que quem entrou aqui matou o seu porteiro!

Joana assustada e confusa balbuciou:

 - Mataram? Aqui? Meu Deus...

 No meio do caos e com a ajuda de Rafael, começou a arrumar e separar suas coisas, não notou falta de nada! Televisores, até a caixa de joias, estava intacta no quarto, o dinheiro em cima da cozinha estava lá!

 - Meu notebook!!!! Falou quase gritando quando passou pela mesa do corredor.

O seu celular tocou e olhando para Rafael, quase como precisando de aprovação, atendeu, ao vê-lo assentindo com a cabeça!

 - Sophia? O que? Por quê? Quando? Obrigada. Era o que faltava! Invadiram meu apartamento e mataram meu porteiro! Verdade! Beijo querida.

- Sim! Estou indo para lá! Disse o policial para o delegado federal responsável pela investigação!

 - Será que ela esta envolvida? Completou!

 - Se não estiver, é muita coincidência. Checamos os dados. Ela consta do boletim de ocorrência da morte do italiano. Foi a ultima pessoa a ter contato com ele e acaba como médica da mulher baleada no aeroporto pelo outro italiano? Não se esqueça das informações que vieram da Itália.

- Quem era, perguntou Rafael?

 - Era Sophia. Médica do Hospital. Disse-me que a policia federal, quer falar comigo. Respondeu Joana.

 - O que eles querem? Indagou Rafael.

 - Você lembra-se daquele tiroteio no Aeroporto? A moça que foi baleada foi atendida por mim e parece que fugiu! Disse Joana.

 - Então tudo bem.  Não há de ser nada importante. Falou Rafael.

 - Será que eles sabem que ela é mulher do dono deste celular? Replicou Joana pegando o celular em sua bolsa.

 - Como assim? Do cara morto? O que você chama de "olhos azuis"? O que morreu em seus braços? Rafael, um pouco nervoso, comentou.

Rafael, com a garganta seca, perguntou se Joana tinha algo para beber:

 - Tem suco, refrigerante diet e água.

 Enquanto tomava o suco de acerola, sem muito se importar com o gosto, começou a pensar como advogado e quase resmungando foi dizendo:

 - Homem morto (celular), ataque ao IML, mulher baleada, apartamento saqueado, policia federal.

 - Ah esqueci-me de te dizer! Quando no desespero entrei aqui e não achei meu celular, te liguei do dele. Disse Joana interrompendo.

 - Não! Você não fez isso! Falou Rafael.

 - Fiz, fiz sim! Respondeu Joana, que percebendo o olhar desgostoso de Rafael completou:

 - Eu estava desesperada!

 - Tudo bem! Ok. Mas precisamos pensar. A invasão ao seu apartamento não foi aleatória, acho que você corre perigo.

O dia de sol em Roma não impediu que o homem de gravata e terno escuro andasse rapidamente em uma das principais estradas da antiga Roma; A Via Appia, que recebeu este nome em memória do político romano Ápio Cláudio Cego, que iniciou sua construção em 312 a.C.

O homem entrou no escritório e não se permitiu esboçar um sorriso embora tivesse se alegrado com o ar refrigerado.

 - Você chegou muito tarde Bettega.

 - O que ele disse? Perguntou o homem de terno preto!

 - Ele falou que todos estão mortos. E que ainda esta atrás de Roberta e dos arquivos que Giuseppe roubou.

Paolo desligou o telefone com a promessa que sua família seria poupada. O fato de ter matado os demais, foi levado em consideração. Mas para sua vida ser poupada teria que encontrar o que Giuseppe disse que tinha em mãos quando fugiu para o Brasil juntamente com uma mala cheia de dólares e euros! Mas como teria acesso à Roberta? Só poderia estar com ela! Enquanto pensava no que fazer começou a vasculhar o pen drive que tinha as informações do notebook de Joana.

 

Joana ligou para o consultório e pediu para a secretaria cancelar a agenda. Não tinha cabeça para atender os pacientes hoje.

- Se for algo urgente encaminha para o Dr. Rubens! Teve o cuidado de alertar sua secretaria.

 Enquanto Joana arrumava as coisas Rafael mexia no celular de Giuseppe.

 - O que será que tem aqui? Porque ele colocou no seu bolso? Estranho não ter código de acesso/bloqueio.

 O suco de acerola parecia um tanto quanto estranho para ser bebido e preferiu deixar o copo pela metade. O interfone tocou e Joana ficou indecisa e receosa se devia ou não atender!

 - Atende! Pode atender. Falou Rafael.

- Quem? Querem falar comigo? Subir agora? Falava Joana com o Zelador pelo interfone.

 Rafael fez um sinal com as mãos, uma mímica. Joana pareceu entender e disse:

 - Eles não podem esperar? Vir mais tarde. Estou no banho!

 Joana esperou alguns segundos a resposta e desligou.

 - Eles estão subindo.

 - Banho? E eu? O que estou fazendo aqui? Falou Rafael.

 - O que você quis dizer então? Replicou Joana emburrada.

 - Nada, não importa agora! Disse Rafael olhando para a sala e tentando pensar em algo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário