quinta-feira, 18 de julho de 2013

LIVRO ON LINE - Continuação....


Ela sequer o conhecia! O que fazer? Ir embora? Esperar a policia? Longe dali outro homem estava com problemas, porém, vivo o bastante para praguejar e raivoso reclamar!
- Quem foi o desgraçado que fez isso? Disse segurando o retrovisor de seu carro!

 - Que droga, como se já não tivesse problemas suficientes!
O suor pingava do seu rosto enquanto tentava encaixar o retrovisor! Enfim, conseguiu e só então notou um papel no para-brisa, escrito:

 - Desculpe!
 Sentou exausto no banco de seu carro e mandou uma mensagem, esperou... Nada!

 A médica respondia as perguntas da policia! Parecia anestesiada de tão atônita!
- Não, não faço ideia de quem seja! Sequer o nome! Não me falou nada!

Deixou seu nome e telefone e quando percebeu a chegada da imprensa, foi rapidamente para seu carro.
- Ela não vai mandar nada! Falou em voz alta, olhando revoltado para seu retrovisor um tanto torto e jogando o celular no banco!

Enxugou o suor misturado com a lágrima, deu a partida no carro e seguiu seu caminho! Ligou o rádio no ultimo volume!
A médica viu de longe o corpo do homem de olhos azuis ser colocado no carro do IML!

 - Bom... - suspirou e imaginou tomando um banho quentinho no conforto de sua casa!

 O retrovisor começou a soltar e parecia que iria cair!
 - Maldição! Falou o homem pondo a mão para fora tentando arrumar!

 A médica dirigia devagar e lentamente quando sentiu o impacto!

 A batida foi brusca, violenta, repentina!

O homem saiu desnorteado do carro e nem deu trela ao destruído retrovisor! Olhou assustado para a moça do outro carro ao notar sangue na blusa dela!
 - Me desculpe me desculpe! Repetia! Moça, você esta bem?

- Seu maluco! Não sabe dirigir? Ela disse confusa!
 Ele continuou a perguntar se ela estava bem, apontando o sangue na camisa!

 Ela não tinha reparado!
 - Olhos azuis! Disse e começou a chorar!

 O homem sem entender nada tentou acalmá-la:

 - Tenha calma vou chamar uma ambulância!

- Não é nada disso! Não esta doendo nada, apesar de você! Ela disse!
 - Mas... E o sangue? Perguntou receoso.

 - Ele... Ele morreu nos meus braços!
- Como? Quem morreu? Quando! Tem mais alguém no carro?

Ela percebendo o que estava acontecendo, deu um sorriso e explicou todo o acontecido.

- Fique tranquilo! Uma pessoa morreu em minhas mãos! Isso? Disse olhando para o amassado no carro! Não é nada! Disse.
 Tão logo chegou o guincho e a policia ele entregou o cartão:

 - Me ligue! O seguro resolve isso tudo!
 Ele insistiu, mas ela preferiu um taxi para ir embora, para casa!

 Nem mal chegou a seu apartamento deixou toda sua roupa na área de serviço! Provavelmente iria jogar tudo fora! Sentia o cheiro de sangue queimar suas narinas! Ligou a água e esperou nervosamente a banheira encher! Precisava de um banho!

Uma espécie de névoa tomou conta do banheiro impedindo-a de ver o reflexo de seu corpo nu no espelho. Passou vigorosamente uma bucha com sabão nas mãos e braços. Parou quando sentiu a pele sensível!

Estava quase pronta para entrar na banheira! O pé balançando como querendo esfriar a água! O som do toque do telefone a assustou e desequilibrada caiu! Apesar de tudo e num misto de desabafo e o ridículo da cena: gargalhou!

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